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Brasiléia 100 anos de fundação - Histórico

Brasiléia 100 anos de fundação  -  Histórico
Brasília, como era chamada Brasiléia, sede do município de mesmo nome, foi fundada em 03 de julho de 1910, nas terras dos índios Catianas e Maitenecas, no Seringal Carmem, quando o Acre já era território do Brasil. Brasília foi criada por homens da classe dominante da sociedade acreana da época, seringalistas e autoridades constituídas, que habitavam no Alto Acre, vinculados à exportação de borracha para Belém e Manaus. No Seringal Carmem foi escolhida uma área para instalação da justiça do 3º Termo Judiciário da Comarca de Xapuri e do Juiz Fulgêncio de Paiva, que já havia sido expulso das terras do Seringal Nazaré. Eram os primeiros passos da fundação de Brasília, que contou com a participação de brasileiros como João Cordeiro Barbosa, José Antônio de Almeida, Olegário de Araújo França, Augusto de Melo Azevedo, Dr. Luiz Barreto Correa de Menezes, Dr. Ronaldo Melo, Raimundo Furtado, Fulgêncio Cruz, José Bernardo e outros. Brasília foi assentada à margem esquerda do Rio Acre, de frente à cidade boliviana de Cobija, onde moravam a maioria dos brasileiros que a fundaram no dia 03 de julho de 1910, data em que braços de seringueiros, sob as ordens dos doutores e seringalistas , derrubaram as primeiras árvores no local em que hoje está situada a cidade de Brasiléia. A clareira era aberta ao som dos fervorosos discursos dos senhores fundadores, ao mesmo tempo em que a Bandeira Brasileira era desfraldada sob os olhares dos bolivianos, que assistiam a tudo do outro lado do Rio Acre. “Essa arrojada iniciativa, entretanto, não foi bem acolhida pelos proprietários das terras onde estava localizada a área desbravada. A. Braga Sobrinho e Companhia(Álvaro Sander Salvatierra). Os proprietários do Seringal Carmem chegaram a destruir o prédio de madeira onde funcionaria o Palácio da Justiça do pequeno vilarejo de Brasília, mas por decisão do Cartório do Tabelião Público de Rio Branco, o ano de 1911, a firma seringalista foi obrigada a ceder aos fundadores da área já ocupada. Brasília foi fundada numa época em que a produção gumífera acreana já estava prestes a entrar em crise, fato este ocorrido no trágico ano de 1913, quando seringais de cultivo ingleses localizados na Malásia passaram a vender para o mercado industrial internacional uma borracha bem mais barata que a acreana. Mesmo assim, as seringueiras de Brasília, no Alto Acre, contribuíram intensamente com as receitas do Acre, provenientes da exportação de borracha, para os portos de Belém e Manaus, e daí para as indústrias inglesas e norte-americanas. Até os idos de 1960 a cidade manteve um intenso intercâmbio comercial com Manaus e Belém, locais de onde vinham as mercadorias que aviavam seus seringais, trazidas pelos navegantes e comerciantes sírio-libaneses que controlavam o comércio da região. Brasília surgiu como fruto das relações sociais engendradas pela frente extrativa da borracha no Acre, tanto é que os seus fundadores foram, em sua maioria, seringalistas, homens detentores das riquezas acreanas no ano de 1910. A região onde está situada hoje a cidade de Brasília também foi ponto importante para que Plácido de Castro, como comandante das tropas acreanas, pudesse montar ,no Alto Acre, bases militares quando da luta contra o Exército da Bolívia na questão do Acre, no ano de 1902. Pelo Decreto Nº 9.831, de 23 de outubro de 1912, do Presidente Hermes da Fonseca, Xapuri tornou-se município e Brasília sua comarca. No mesmo ano de 1912, Brasília foi elevada a categoria de vila, passando a ser considerada cidade em 1938. O Presidente Getúlio Dorneles Vargas, através do Decreto – Lei nº 968, de 21 de dezembro de 1938 criou o município de Brasília. Somente em 04 de janeiro de 1939 é que a prefeitura foi instalada. Pelo Decreto – Lei nº 6.163, de 31 de dezembro de 1943, Brasília passou a chamar-se BRASILÉIA, nome que continua até nossos dias. Fontes: Memórias de Brasiléia Organizadores: Carlos Alberto Alves de Souza; Gerson Rodrigues de Albuquerque; Lúcia Maria Brandão Hassem. Rio Branco – Acre, 1992.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Após 44 anos, Frei Paulino retorna à Igreja que fundou em Brasiléia

Aos 84 anos de vida, mais de 50 foram dedicado ao sacerdócio e aos pobres. Frei Paulino Baldassarri, ou simplesmente Padre Paulino (como é mais conhecido), retornou à cidade de Brasiléia onde ajudou fundar a Igreja Nossa Senhora das Dores. O seu retorno se deu devido ao convite da Prefeitura de Brasiléia onde recebeu várias homenagens dos mais de 2000 fieis católicos que assistiram a missa que foi celebrada do lado de fora, por não caber dentro da Igreja. Surpreendentemente incrível ver uma pessoa com quase um século de vida ainda lembrar de pessoas que batizou, casou, entre outras bênçãos, celebrar uma missa com pleno vigor e fé.

A Igreja Nossa Senhora das Dores, foi inaugurada no ano de 1956, motivada por Paulino num mutirão de ajuda popular, muitos já não estão vivos, e outros mesmo com dificuldade foram assistir a missa. Paulino, em sua fala, lembrou quando quase caiu da torre (mais de 30 metros) da igreja, para colocar a Cruz que ainda está lá. “Estou muito feliz, isso tudo me motiva na minha caminhada em levar o conforto a quem precisa”, disse.

Os mais antigos que assistiam sua pregação, era visível a emoção com direito à lágrimas. Muitos lembravam de suas pregações e do respeito que pouco se vê hoje. “Ele é um homem santo. É incrível ver que está em plena saúde e continua a mesma pessoa de tantos anos atrás”, disse um fiel.

Encenações teatrais sobre sua vida, música especialmente composta para Padre Paulino e homenagem de crianças, foram bem recebidas. Até brincou quando recebeu o Titulo de Honra ao Mérito das mãos da prefeita Leila Galvão que ainda não conhecia pessoalmente, e do vice, Deurimar Campos.

Além da construção da igreja, Padre Paulino se destaca pela evangelização de ribeirinhos do rio acre, como também o povo boliviano na época. A igreja católica tem um papel de fundamental importância no desenvolvimento do Estado do Acre, em especial, do município de Brasiléia. Por este motivo, foi incluída na programação do centenário.

Após o final da missa e aproveitando a ocasião, foi anunciado aos fieis presentes, a campanha para angariar fundos destinados à reforma da Igreja. Para quem quiser ajudar, basta procurar a administração da Paróquia no centro da cidade.


Fonte da matéria – Jornal on-line - O Alto Acre.

Um comentário:

  1. Padre Paulino o senhor e um santo padre eu sempre
    ouvi falar do senhor morei algum tempo no acre mas
    nao pude conhecer o senhor mas felizmente estou vendo o senhor agora e estou muito feliz padre tenho um irmao chamado marcos tem cancer e pesso ao senhor que reze por ele mesmo que nao o conheça parabens padre por ser tao humano e estar tao perto das pessoas sua abençao fique com deus Celso L. Pereira nova cantu pr

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